29 de julho de 2008

Marketing Político

O Marketing Político vem se consolidando cada vez mais como peça fundamental no processo eleitoral. Estes são as técnicas e conceitos mais modernos e eficazes, garantindo uma campanha estruturada, marcante e eficiente.

Uma campanha de Marketing Político
A Eleição


É impossível pensar em eleições, nos dias de hoje, sem pensar numa estrutura de marketing atuando em todos os segmentos do eleitorado.
Propaganda eleitoral deixou de ser apenas o ato de imprimir alguns milhares de folhetos coloridos e pichar os muros da cidade com o nome do candidato.
As campanhas eleitorais deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, os palpites gratuitos cederam lugar à pesquisa; os temas principais, com determinadas palavras-de-ordem, aparentemente corretas mas aleatórias, agora têm origem em slogans com conceito e estratégia. Enfim: a propaganda política deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional.
Comparando com campanhas de produtos e serviços: de um lado está o produto/serviço; do outro, o mercado consumidor. Na campanha eleitoral, de um lado o candidato e do outro os eleitores.
Existem alguns requisitos básicos para o sucesso de uma campanha eleitoral:
1. a existência de planos estratégicos, de orientação geral e detalhamento de atividades, tempo e recursos;
2. a existência de mão-de-obra especializada em propaganda;
3. a existência de um monitoramento durante todo o processo.

O Marketing Político
Marketing Político são todos os recursos utilizados na troca de benefícios entre candidatos e eleitores.
Esses benefícios, no sentido candidato-eleitores seriam, essencialmente, as promessas, as vantagens do candidato e a sua linha de comunicação. No sentido oposto, ou seja, eleitores-candidatos, são os votos e as informações necessárias para obtê-los.

Alguns elementos compõem o quadro de planejamento de uma campanha de marketing político:
1. o meio ambiente em que se realiza a campanha eleitoral é que vai proporcionar oportunidades e ameaças ao sucesso de um candidato;
2. a administração da campanha eleitoral, que é a sua principal força de vendas, formada pelo próprio candidato, o seu partido político e os grupos de interesse alinhados com a sua candidatura;
3. o conceito de produto, que é a filosofia política do candidato, a escolha de temas específicos a serem tratados e a definição de suas posições a propósito dos temas. Além da formulação e da adoçäo de um estilo pessoal que conserve e amplie suas qualidades.
4. canais de comunicação e distribuição, que envolvem decisões e ações a respeito da utilização de mídia de massa e seletiva, aparições voluntárias, auxílio voluntário e partidário;
5. segmentos de eleitores diferenciados;
6. acompanhamento e revisão contínua e sistemática de resultados que impliquem em reorientação da campanha.
Além dos eleitores propriamente ditos, há outros grupos que precisam ser estimulados, tais como o partido político, os contribuintes da campanha eleitoral e os grupos de interesse alinhados à candidatura. Para isso, a Assessoria Política da campanha deverá canalizar de maneira adequada o seu potencial em função das necessidades imediatas.

O Candidato
O candidato obtém preferências com base:
no seu nome ;
no seu talento pessoal em dar início a uma reação emocional;
na sua habilidade em utilizar a mídia de massa;
na sua capacidade de se projetar.

1-Além disso, há todo um processo de desenvolvimento pelo qual o candidato deve passar:
2-Apresentar uma personalidade bem definida. Como acontece com os produtos, uma imagem de qualidade;
3-Ainda na comparação com o marketing de produtos, deve identificar-se com uma instituição que lhe dê apôio e credibilidade: a própria inscrição partidária;
4-Definida a personalidade e colocada esta dentro de um contexto de organização (o partido), o candidato deverá impor a sua marca (o seu nome).

Em resumo, o candidato deve:
Planejar formalmente a sua estratégia de campanha, sua postura diante dos problemas, sua propaganda, suas aparições, sua base para a obtenção de fundos, sua monitoria da situação, seus objetivos, sua alocação de recursos e o tempo de que dispõe para obter a aprovação dos eleitores;
Construir uma forte organização de ações, capaz de reforçar, durante todo o processo, as posições assumidas durante a campanha eleitoral, sem que ocorra a perda de campos já conquistados.

O Candidato e o Partido
A importância do partido político no universo do candidato deve ser medida dentro dos seguintes parâmetros:
●o partido está para o candidato como a empresa para o produto. Ele significa um sistema que detém um conjunto de recursos para atingir os eleitores. Assim, como não existe produto sem uma empresa que identifique a sua origem, não existe candidato sem partido.
●o partido, então, pode ter uma imagem que acrescente ou subtraia. Porisso, é importante saber se o partido agrega imagem positiva ao candidato, assim como o nome de uma empresa de prestígio no mercado acrescenta prestígio a um produto.

Os componentes do Marketing Político
1. A Pesquisa de Mercado
A pesquisa de mercado procura descobrir o que vai ao encontro dos interesses do eleitor, identificando as suas necessidades, seus desejos e seus valores. Com isso, o candidato pode desenvolver estratégias com uma margem de erro muito menor.
Numa campanha eleitoral, devem ser pesquisados o tamanho do mercado e a sua segmentação, o que qualifica o eleitor, o potencial deste mercado com base em padrões históricos de voto, a opinião dos eleitores em torno de assuntos importantes e sobre posições assumidas.
O resultado da pesquisa pode determinar o próprio conteúdo da mensagem do candidato.

2. O conceito e a estratégia do candidato
O que vincula um eleitor a um candidato é a imagem deste último.
Esta imagem, mesmo quando já existente, pode ser planejada e trabalhada. Por outro lado, é preciso ficar atento a como o eleitor está percebendo esta mensagem. Isto precisa ser sistematicamente conferido.
A imagem planejada de um candidato deve conceituar adequadamente sua maneira de se vestir, suas maneiras, suas declarações e o conjunto das suas ações. O objetivo é que o candidato tenha uma aparência e um comportamento que correspondam à percepção e aos desejos do eleitor.
Para conceituar o candidato e definir sua estratégia:
●definir, com base em pesquisa de mercado, um tema para o candidato, em torno do qual o interesse do eleitor será construido.
●identificar os principais problemas e a maneira como são encarados e sentidos pelos eleitores;
●excluir os conceitos não desejados em razão da personalidade e dos antecedentes do candidato;
●testar o conceito escolhido através de pesquisas periódicas;
●decidir sobre a adoção de mais de um conceito, sendo um principal e outro, ou outros, secundários, desde que plenamente compatíveis.

3.Estratégia de Comunicação
O conceito do candidato é a base para o plano de comunicação da campanha.
Para um programa de propaganda paga ou gratúita, devem ser tomadas as seguintes providências:
1-definir a mensagem básica da campanha
2-definir a melhor maneira de apresentar visualmente o candidato;
3-definir as pesquisas que serão veiculadas;
4-definir os veículos adequados para a veiculação;
5-elaborar os programas orçamentários de produção e veiculação da campanha, que devem ser detalhados toda semana até a data de realização das eleições.
Paralelamente, deve ser desenvolvido um programa de aparições pessoais do candidato. Este programa deve ser controlado pela Assessoria Política.
É preciso ficar atento, neste programa, para as limitações de tempo do candidato. É bom lembrar que o candidato tem, ainda, a responsabilidade de motivar o partido, seus cabos eleitorais e os eleitores comprometidos com a campanha.

4. Programa de Trabalho Voluntário
Inúmeras pessoas devem ser treinadas para compor grupos de trabalho voluntário na campanha.
Entre as tarefas do trabalho voluntário estão as de preparação de eleitores e auxiliares, a participação como oradores para platéias específicas, o envio de malas-diretas, o levantamento e registro de votos, o transporte e alimentação dos eleitores no dia das eleições, entre muitas outras funções.
Para que a Assessoria Política consiga gerenciar bem o trabalho voluntário, deve:

  • valorizar o partido como centro de decisões;
  • estar sempre motivando os colaboradores;
  • estabelecer objetivos e metas para a equipe voluntária;
  • estabelecer um sistema de controle de realizações;
  • treinar o pessoal e acompanhar de perto o seu trabalho.



    Fonte: http://www.umacoisaeoutra.com.br/marketing/mktpol.htm

21 de julho de 2008

Pequenas e médias empresas, como alcançar resultados melhores

Empresas são entidades em movimento. Vendem produtos e serviços em mercados que mudam a todo o momento. Como planejar em meio a esse cenário mutante? Francisco Varela, Doutor em Biologia pela Universidade de Harvard, desenvolveu uma série de teorias sobre o funcionamento do cérebro humano que se tornaram importantes no meio empresarial. Ele assinala que a imagem que fazemos do mundo tem uma estreita relação com nós mesmos. Ou seja: olhamos o mundo à nossa maneira. Embora isso seja um importante fator de criatividade, pode também nos conduzir a erros e confusões, pois é fato que nós não temos todas as respostas.
Um meio de minimizar erros no dia-a-dia da empresa e de encontrar algumas respostas é analisando os resultados obtidos até o momento, desenvolver um planejamento e, acima de tudo, criar meios que garantam implementação das ações. Agora que estamos entrando no segundo semestre, é importante realizar uma auto-avaliação empresarial. Mas o que avaliar? Há quatro áreas em sua empresa que precisam ser examinadas de perto: MARKETING, VENDAS, FINANÇAS e PESSOAS.
Olhar para o MARKETING vai permitir que sua empresa avalie se o seu produto é realmente diferente, se a linha de produtos é competitiva em relação à concorrência, qual a imagem dos produtos e da empresa para os consumidores, o grau de conhecimento do mercado onde você atua e se o seu produto ou serviço responde de fato aos anseios dos consumidores.
Analisando as VENDAS, você poderá compreender como é feita a distribuição de seu produto ou serviço, ou seja, se ele está atingindo os consumidores; se a sua estrutura de vendas é capaz de atender a demanda potencial; se a sua equipe está treinada e motivada e conhece o mercado e, o mais importante, se sua empresa conhece os clientes.
E as FINANÇAS? Avaliando esta área, você saberá o quanto seus produtos são rentáveis, quais deles têm mais rentabilidade do que os demais e o que fazer para tornar produtos deficitários em vacas leiteiras. Mais do que isso: a análise financeira vai permitir que você saiba se tem caixa suficiente para bancar o crescimento, o que vai exigir um planejamento financeiro que viabilize uma integração positiva entre marketing, vendas e finanças.
E, por fim, mas não menos importante, as PESSOAS. Sua equipe está motivada e treinada? O pessoal conhece os objetivos da empresa? São profissionais certos nos lugares certos? Seus vendedores ou representantes acreditam no produto que vendem?
Como você vê, o autodiagnóstico é o início de um planejamento empresarial realmente eficaz, que vai mudar o patamar de desempenho de sua empresa. No entanto, este planejamento reúne atividades diferentes, que exigem expertises e habilidades que não são encontradas em uma só pessoa. Para que esta auto-análise empresarial não tenha uma única visão realize-a em conjunto com sua equipe. Visões diferentes, desde que sejam organizadas e direcionadas para um objetivo comum podem levar sua empresa a alcançar resultados cada vez melhores.

Fonte: Mundo Marketing

18 de julho de 2008

Aproveitando de outras campanhas

Uma ótima forma de aproveitar a mídia para demonstrar o benefício do produto, foi a campanha feita para o carro Smart.

A criação é do escritório na Suiça da agência alemã Jung von Matt.




fonte: brainstorm9

Philip Kotler fala sobre inovação, fidelidade, segmentação, sustentabilidade e customização

Autor de Administração de Marketing (Pearson), junto com Kevin Keller, livro considerado a bíblia do marketing, é desnecessário dizer que o professor Philip Kotler é um dos maiores pensadores e responsáveis pelo desenvolvimento do marketing no mundo. Cada palavra, teoria e gestos proferidos por ele são capazes de mudar a história de empresas e até de mercados. Afinal, em se tratando de marketing, ele é a maior autoridade do mundo. Em agosto, Kotler estará no Brasil para participar do Fórum Mundial de Estratégia e Marketing realizado pela HSM. Este norte-americano nascido em Chicago no ano de 1931 respondeu às perguntas por e-mail, pois ele não concede entrevistas por telefone. Entre as condições, o envio de apenas seis questões, das quais o professor respondeu a quatro, juntando três perguntas em uma resposta. Mesmo assim, imperdível.

Ricardo Fort, Diretor de Marketing da Coca-Cola Brasil Como é possível uma companhia de bens de consumo como a Coca-Cola fazer algo customizado para a massa? Isso é algo que somente os produtos de alto valor agregado têm capacidade de fazer ou há uma esperança para todos?

Philip Kotler: A customização em massa requer que a empresa dê o que todo consumidor quer. A Dell faz isso. Cada consumidor escolhe os componentes (memória, velocidade, etc.) e depois a empresa junta e entrega. Para a Coca-Cola, seria como cada consumidor especificasse o nível de açúcar e a quantidade da bebida. Mas você pode ver que isto não é prático. No melhor dos casos, a Coca-Cola pode oferecer alguns tipos padrões de bebidas derivada da cola, como diet, regular e sem cafeína. Outras companhias de consumo de massa podem customizar sob as mesmas circunstâncias. A Levis deu opção para o consumidor comprar um jeans com ajustes pessoais, mas isto foi descontinuado mais tarde. Já uma empresa de vitaminas deu a possibilidade para que os clientes pedissem seus produtos com quantidades específicas de compostos vitamínicos.

Glen Valente, Diretor de Marketing do HSBC Brasil Como a interação com o consumidor afetará a maneira que nós trabalhamos?

Philip Kotler: As empresas seriam espertas se conhecessem melhor seus clientes. Isto significa que as companhias poderiam testar novos produtos com estes clientes e ainda obter novas idéias deles. Algumas empresas ficam distantes a respeito de envolver o cliente no co-desenvolvimento de novas ofertas. Toda companhia deve ter um grupo de clientes para lhe ajudar a ler a mente em mudança do consumidor.

Marcos Cobra, Chefe do Departamento de Marketing da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo O que muda no marketing do futuro considerando o ambiente globalizado e as mutações ambientais tal como o aquecimento global?

Philip Kotler: Posso listar três de muitos fatores que um número crescente de empresas tem que construir dentro de seus pensamentos:
1. Praticar a sustentabilidade. Os consumidores julgarão, cada vez mais, as companhias por seu desempenho com respeito ao uso sábio e eficiente dos materiais e dos processos de produção. Os críticos atacarão aquelas companhias que são descuidadas sobre os desperdícios, os gases, os produtos químicos nocivos emitidos e assim por diante.
2. Mensuração do Retorno sobre Investimento em Marketing. A diretoria não vai mais tolerar o uso do fundo de marketing incompatível com métricas apropriadas. As empresas têm muitos reivindicadores desta verba e o Marketing deve saber muito bem alocar esses fundos.
3. O dinheiro da promoção (dos produtos) está se movendo dos meios tradicionais para os on-line. Há uma evidência da queda de eficácia dos comerciais de 30 segundos e este dinheiro seria mais bem gasto nas novas mídias e meios inovadores.

José Carlos Aguilera, sócio-diretor da Consultoria Galeazzi & Associados Em um mundo onde a oportunidade para um produto ou serviço se diferenciarem é cada vez mais reduzida, conduzindo-os à comoditização, como as companhias devem prosseguir para posicionarem seus produtos e serviços?

Marcelo Liberado, Gerente de Marketing da Femsa Tendo em vista o cenário econômico internacional, o avanço tecnológico e a alta competitividade, quais as principais alterações nas ferramentas do marketing no momento atual comparado com o que se estima vir no futuro? E como as empresas deverão se adequar às mudanças?

Bruno Mello, Editor Executivo do site Mundo do Marketing Fala-se muito em inovação constante dos produtos para conquistar e manter a participação de mercado. Ao passo que, se todos inovarem, o mix de um supermercado continuará o mesmo. O deve ser feito para conquistar diferenciação?

Philip Kotler: As três perguntas são semelhantes e aconselho toda empresa a inovar continuamente. No entanto, vimos que muitos produtos falham, e quando não, são copiados rapidamente por seus concorrentes. Então, a lógica do marketing carrega uma contradição inerente: uma empresa falhará se não inovar e é provável que ela falhe se inovar também. Por esta razão, cada empresa precisa encontrar seus próprios caminhos para escapar deste grande dilema. Podemos ajudar com algumas idéias a seguir.
1. Segmentar mais criativamente do que seus concorrentes e encontrar novos segmentos em que possa se posicionar melhor.
2. Cercar seus produtos com uma reputação de qualidade melhor ou que sejam mais difíceis de ser imitados.
3. Trabalhar em cima de planos melhores para criar clientes leais (tais como programas de fidelidade).

Fonte: Mundo do Marketing

15 de julho de 2008

Vale a pena ver de novo!!!

O site da cerveja[bb] Antarctica intitulado “Bar da Boa” com a Juliana Paes foi( e ainda é) um grande exemplo de marketing viral. Demora só um pouquinho para carregar, mas vale o click. *****

MARKETING VIRAL


MARKETING VIRAL


Revista Recall: O marketing viral funciona como veículo de venda?

Mario Persona:
O conceito viral é antigo: passar adiante uma mensagem que "contamine" o receptor e o faça simplesmente passar a mesma mensagem adiante ou fazer isso em conjunto com outras ações, como comprar algo ou se inscrever em algum serviço. As famosas correntes, as antigas cartas com orações promessas de bênção ou ameaças de maldição, já traziam em si o aspecto viral. Com a Internet o conceito cresceu e se potencializou. Agora cada pessoa envolvida pode "contaminar" centenas ou milhares de correspondentes.

Uma das primeiras ações de marketing viral na Internet foi usada pelo Hotmail, que incluía um convite para assinar o serviço no final de cada e-mail enviado por alguém que já era assinante. O serviço de mensagens instantâneas ICQ também promoveu ações de marketing viral levando cada novo usuário a convidar a baixar o software qualquer pessoa com quem ele quisesse conversar. Outros serviços fizeram o mesmo. Porém o que existe de comum nesses serviços é que todos são gratuitos e a venda ocorre em outro nível, geralmente para patrocinadores que queiram se comunicar com o imenso público que esses serviços geram.

Revista Recall: O marketing viral estaria trazendo publicitários e empresas de volta aos tempos do boca-a-boca?

Mario Persona:
De certo modo sim. A técnica do marketing viral é contaminar as redes de relacionamento atingindo pessoas com interesses comuns e depois se concentrar em vender algo com base no perfil demográfico desse grupo.

Porém o marketing viral não fica apenas na propagação voluntária, como nos convite para um amigo participar de um site de relacionamento, ou compulsória, como propaganda acrescentada no final de mensagens de e-mail. Em alguns casos o que se busca é criar rumor sobre algum produto ou serviço com algo tão atraente que as pessoas se sintam motivadas a compartilhar isso com amigos.

Um caso clássico foi a forma como os produtores do filme "A Bruxa de Blair" utilizaram para divulgar o filme com um orçamento limitado. A princípio contrataram alguns estudantes para fazer um trabalho de panfletagem em portas de escola. A mensagem dos impressos geravam curiosidade e levavam os adolescentes a visitarem o site do filme na Internet. Criado para parecer um caso real de desaparecimento de adolescentes, cada visitante ficava logo eletrizado pelo que via e sentia necessidade de enviar o link para amigos. Milhões de pessoas foram atingidas dessa maneira, divulgando o filme a custo zero para os produtores.

Mas a estratégia não parou aí. Criado o rumor e o interesse, o próximo passo foi limitar o lançamento a poucas salas de cinema espalhadas pelos Estados Unidos. Com um interesse maior que o número de lugares disponíveis, logo se formaram filas intermináveis nas portas dos cinemas, o que obviamente causou tumultos e atraiu a mídia. Neste estágio o contágio viral chegou até os meios de comunicação que divulgaram o filme na forma de notícia das aglomerações. Esta é também uma das variantes ou conseqüências do marketing viral depois de criar rumor: conseguir publicidade grátis na mídia convencional.

Revista Recall: Existe um retorno comprovado do marketing viral?

Mario Persona:
Fica difícil medir, mas é fácil perceber quando uma ação de marketing viral contamina. Grandes empresas têm feito experiências nessa área, criando rumor em torno de uma mensagem, imagem ou vídeo e levando as pessoas a cuidarem da divulgação. O vídeo aparentemente amador plantado no YouTube mostrando o Ronaldinho chutando bolas na trave foi uma excelente forma da Nike promover sua marca e a chuteira que o jogador experimenta na cena.

Parece que quanto menos oficial ou comercial for, maior a probabilidade da mensagem virar "buzz" ou rumor e adquirir um caráter viral. Isso ficou provado pela novelinha criada por uma atriz profissional que se fazia passar por adolescente com o apelido de lonelygirl15 em uma série de vídeos no YouTube. Após a revelação do que havia por trás da história, sua popularidade despencou e os vídeos deixaram de ser tão assistidos como eram antes, embora a atriz tenha conseguido vender sua imagem, dando o pontapé inicial em sua carreira. Isso está obrigando as agências a repensarem a forma de atingir seus públicos.

Revista Recall:
Por que as pessoas tendem a se sensibilizar mais com uma publicidade indireta, como acontece no marketing viral, do que com uma campanha descarada feita com propósitos claros e definidos, como é o caso das tradicionais campanhas publicitárias?

Mario Persona: As novas gerações ficarão cada vez mais "vacinadas" contra propagandas no formato convencional e cada vez mais vulneráveis àquilo que sai do convencional, que surpreende até por sua precariedade e caráter pessoal. Muitos profissionais, sem verba para se lançarem no mercado pelas caras vias normais, estão fazendo bom uso dos novos canais para criarem "buzz" e distribuição viral. Blogs, podcasts e videocasts têm deixado evidente o poder da comunicação individual, alguns atraindo um número muito maior de leitores, ouvintes e espectadores do que muitos jornais, rádios e TVs.

O www.drudgereport.com atrai em média dez milhões de visitantes ávidos pelas últimas notícias reunidas por seu criador, Matt Drudge, enquanto o The Wall Street Journal, um dos maiores jornais americanos, tem uma tiragem diária igual a um quinto desse número. Cerca de 300 mil pessoas assistem diariamente o programa www.rocketboom.com, um número que muitas redes locais de televisão não conseguem atingir. E veja que estamos falando de uma ou duas pessoas gerando, graças ao boca-a-boca de sua audiência, um público muito maior do que aquele conseguido por empresas com dezenas de pessoas trabalhando nos moldes da propaganda formal para seus jornais ou programas.

Para ter uma idéia do poder do "buzz" e do marketing viral, pense no Cirque du Soleil, uma companhia com mais de 3 mil pessoas que teve seu espetáculo visto por 50 milhões de pessoas ao longo de seus 20 anos de vida. Enquanto isso, um palestrante motivacional e dançarino, Judson Laipply, ficou mundialmente famoso em questão de semanas graças aos quase 35 milhões de espectadores que recebeu apenas no YouTube e ao boca-a-boca que essas pessoas geraram. É evidente que o Cirque du Soleil é também um grande gerador de boca-a-boca, mas creio que a diferença principal com Judson Laipply e seu número "Evolution of Dance" esteja no acesso imediato aos benefícios. Enquanto a ida ao Cirque du Soleil seja algo que você precisará fazer depois de receber a mensagem, assistir Judson Laipply é imediato, basta um clique.

O mesmo pode ser dito da mídia impressa em relação aos blogs: eles estão ali, imediatamente disponíveis assim que você recebe a mensagem que cria o impulso para uma ação e é imediatamente seguido da realização do desejo de contar para alguém. As empresas que souberem transformar essa equação "mensagem recebida = compra + divulgação" em algo imediato conseguirão explorar toda a potencialidade do marketing viral.

[Se achar que este texto pode ajudar alguém, use o formulário abaixo para enviar.]

Mario Persona é consultor, escritor e palestrante. Veja em www.mariopersona.com.br



Workshop

Workshop sobre Marketing de Guerrilha
Facilitador: Cleber Martins - Sócio-Diretor da Espalhe
Data: 18 e 19 de outubro

A partir da próxima semana traremos o conteúdo mais completo dos assuntos que serão abordados nos eventos.


blog.alemdapropaganda.com.br





14 de julho de 2008

Campanha de lançamento: Batman - O Cavaleiro das Trevas

O filme "Batman - O Cavaleiro das Trevas" está causando maior rebuliço com sua campanha de lançamento (bilionária).
Foram realizadas várias ações junto ao público (será marketing de guerrilha?!). A mais recente foi o Bat-sinal projetado em Chicago e Nova York, as coordenadas foram reveladas no site citizensforbatman.org, para quem quisesse assistir a próxima ação surpresa para o lançamento do "Batman - O Cavaleiro das Trevas".

A campanha bilionária de lançamento do filme está rendendo muita expectativa ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, os cinemas estão marcando sessões de madrugada e estão todas lotadas. Não preciso mencionar que Warner está dando "pulinhos de alegria"!
O filme estréia dia 18 de julho.

13 de julho de 2008

Os 10 maiores slogans do século xx

Segundo Jay Corand, precursor do marketing de guerrilha, os 10 slogans que marcaram o século XX foram:

De Beers "Diamonds are forever" - Diamantes são para sempre













Nike "Just do it" - Apenas faça
















Coca-Cola "The pause that refrehes" (A pausa que refresca)

















Cerveja Miller Lite - "Ótimo sabor, empanturra menos"



















Locadora de automóveis Avis - "We try harder" (Nós nos esforçamos mais),
Meme que informa sobre a empresa"












Café Maxwell House - "Good to the last drop" (Bom até a última gota),
meme que informa sobre o produto.














Cereal Wheaties - Café da manhã de campeões,
meme sobre o produto




















Tintura Cairol - " Does she...or doesn't she?" (Ela usa... ou não usa?)
um meme fazendo o seu trabalho



















Sal Morton - "When it rains it pours",
meme com um visual












Cadeia de lanchonetes: Wendy - "Where's the Beef" (Onde está a carne bovina?)
um meme de vida curta, se é que chegou a ser um.















Ação Bizarra da Coca-Cola


A ação Advertasting para Coca-Cola Zero, que perfurou e atrocinou 280 línguas que sabem que Coca-Cola Zero tem sabor de Coca-Cola, ficou entre as Top 30 Bizarre Innovations in 2008 do blog TrendHunter, o maior site do mundo dedicado a encontrar tendências.

fonte = www.blogdeguerrilha.com.br

10 de julho de 2008


Lightpainting

Julho, 8 de 2008

Vale a pena conferir o trabalho da Lightmark. Muito conceitual, referencia para todos dentro desta técnica “sem limite” mostrando que tudo só depende da criatividade.






http://www.lightmark.de/overview.htm

9 de julho de 2008

Yes, o início!